sábado, 25 de junho de 2011

OS SOCIOPATAS E AS MULHERES

Hoje em dia, os relacionamentos são cada vez mais instáveis, e cada vez mais crianças nascem em lares desestruturados, sem conhecer limites por não ter quem os ensine e sem saber viver conforme as regras de uma sociedade civilizada. Muitos jovens, que viveram rodeados pela indiferença ou falta da presença de seus pais, filhos de pais divorciados ou que trabalhavam em tempo integral, e assim passavam dias sós, sem ninguém para "criá-los" de fato, passaram a "se criarem" sozinhos, criando sua própria visão do mundo, muitas vezes distorcida, e ou se tornando extremamente individualistas, sem nenhuma consideração para com o resto da humanidade, ou admitindo sua carência afetiva e dessa forma se tornando uma pessoa sem auto-estima que passa a vida procurando a aprovação alheia.
Falarei do primeiro caso, os chamados sociopatas. E que a grande maioria das mulheres, pelo menos as femininas, que não abdicaram de seu poder de sedução, enxerga como homens super interessantes, segundo seus critérios recônditos e nunca admitidos abertamente.
Os sociopatas, quando não são tímidos e introspectivos, e souberam desenvolver pelo menos minimamente a capacidade de interação social, passam a ser vistos pelas mulheres como homens indiferentes, distantes e misteriosos; como homens superiores e que devem ser cobiçados por várias mulheres justamente por conta desta atitude por parte deles.
Quando uma mulher é socialmente venerável, ou seja, é bela e/ou apetitosa, elas sabem de sua condição desde muito cedo, e aprenderam a usar seus atributos para conseguirem o que querem da grande maioria dos homens, os chamados "matrixianos", que imaginam, em sua ingenuidade, que se submeter e agradar a uma mulher é uma forma de conquistá-la. O homem que foge do jugo da “rainha” e lhe resiste, será o único digno de atenção, a quem elas chamam de “diferente”.
Muitas mulheres veem o sociopata, nas condições que supracitei, como um homem de alto valor social. Elas veem este homem como alguém que age com indiferença, que lhe dá atenção apenas de vez em quando, que muitas vezes está distante e fora de sintonia com o mundo, mas sempre tendo atitude pra conseguir o que quer e quando quer, não importando os meios que ele utilize para chegar a seus fins, porque é um homem que tem “algo a mais”, e que age daquela forma porque deve ter várias mulheres, inclusive melhores que ela própria, a seus pés.
O sociopata, sem querer, desperta na mulher duas coisas que as movem: curiosidade e competitividade. Agindo da maneira certa sem se dar conta disso, ele faz com que a mulher lhe empreste todas as aspirações e qualidades que elas procuram num homem, sem que elas admitam isso. E quanto mais bonita ela for, mais ela ficará desconcertada com essa atitude por parte dele, o que a levará a ser totalmente dominada por ele.
Mas este é um domínio que ele não faz questão de ter. Porque para ele o mundo se resume a seus interesses e a suas vontades. Ele não tem consideração para com os demais, e se em algum momento utiliza de seu domínio sobre ela, é apenas para saciar desejos carnais a que todos os seres humanos estão biologicamente suscetíveis, sem nenhum traço de sentimentalismo ou consideração.
As mulheres lindas, desesperadas por serem tratadas como superiores que são, conforme a maioria dos homens assim a fizeram se sentir, vão atender a todos os desejos deste homem, vão estar disponíveis para ele em qualquer momento em que forem requisitadas, vão tentar surpreendê-lo positivamente para conseguir a tão sonhada veneração e aprovação, para dessa forma terem seu insaciável desejo de continuidade satisfeito, e assim partirem felizes para outros desafios com mais um homem domado em sua lista... As mulheres são utilitaristas, e elas só dão o que lhes é mais caro, ou seja, o livre acesso a seu corpo, àqueles que pelo menos demonstrem ter o que as atrai. Como disse N. A., nada é de graça na relação com as mulheres.
Mas com este é diferente. Os agrados, a exclusividades, as demonstrações de afeto, o sexo de qualidade, nada agrada o sociopata, nada o move em direção a ela. Ele permanece irredutível na sua superioridade, e a mulher bonita sequer sonha que foi ela quem conferiu esse status a ele. E assim o ciclo se repete, indefinidamente, sempre ficando algo mal resolvido por parte dela com relação às verdadeiras intenções dele, coisa que na realidade nunca existiu, pois o individualismo exacerbado do sociopata o impede de enxergar as intenções dos outros para com ele: o que existe são apenas as intenções dele, e no momento que lhe convir.
E nada que ela fizer terá efeito, pois ela está lidando com alguém com distúrbios psicológicos e nada do que ela ou qualquer mulher do mundo oferecer fará ele se dobrar. NUNCA nenhuma mulher feminina, que não abdicou de seu poder de sedução para abraçar o racionalismo, vai chegar ao raciocínio de que aquele homem inacessível na verdade é um sociopata, sequelado e com graves traumas, que pode até se tornar perigoso em certas circunstâncias, colocando a integridade mental e até mesmo física dela em perigo, com potencial para arruiná-la pelo resto da vida.
Esse é um caso extremo, e cada vez mais comum nos dias de hoje, de como a irracionalidade das mulheres em suas escolhas no âmbito amoroso as leva cada vez mais para a ruína.

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